quarta-feira, 27 de março de 2024

PREMIADOS NAS OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA Inês Sacadura e Dinis Teixeira falam sobre Matemática

 

     A Inês Sacadura (7º F) e o Dinis Teixeira (9º F) aceitaram falar com o Blogue LER É SABER sobre o seu recente sucesso na final das Olimpíadas de Matemática (23-24 de março em Santarém) em que obtiveram a medalha de prata, a primeira na categoria Júnior e o segundo na Categoria A. De frisar o elevado valor destes resultados, dado que houve apenas em cada categoria a nível nacional 3 medalhas de ouro, 3 de prata e 6 de bronze. Os nossos alunos são assim do melhor que o país tem ao nível da Matemática.

     Sobre a prova da Final nos dois dias da competição no Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado em Santarém, a Inês e o Dinis revelaram que a diferença entre os diversos medalhados terá sido “de poucos pontos”, não custando a crer que estiveram muito próximo do ouro. A diferença faz-se às vezes por 1 ou 2 pontos, sendo muitas vezes decisivas as perguntas em que é necessário explicar as operações e raciocínio envolvidos. O domínio da língua é portanto fundamental.

     O gosto pela Matemática nasceu no Dinis e na Inês muito cedo, logo desde o 1º Ciclo. Desde muito cedo gostaram de participar em concursos e competições, pelo que a atual paixão pela Matemática foi sendo desenvolvida ao longo de todos estes anos. Quanto ao insucesso de muitos alunos nesta área, muitas vezes, dizem eles, é um preconceito que às vezes favorece a preguiça, o “não ter jeito para a matemática”, o ser a matemática “um bicho de sete cabeças”. Às vezes o desligar da Matemática começa logo muito cedo nos primeiros anos de escola, criando-se logo ali um vazio que leva os alunos a descolarem do resto dos alunos. É preciso pois que as escolas, desde muito cedo, estejam atentos a esta situação, de preconceito, de desistência e de perda precoce de capacidades. No entanto consideraram a Inês e o Dinis que muitas vezes as dificuldades começam no 3º ciclo quando começam os problemas de equações, que exigem um nível de abstração que alguns alunos não conseguem atingir.

     Ambos referiram também que as dificuldades na Matemática não são de hoje apenas, já que ouvem muitas vezes os pais e os avós falarem de casos de alunos relapsos à Matemática ou em que esta não era a disciplina favorita.

     O Dinis anda a frequentar mensalmente o programa Delphos na Univ. Coimbra que faz avançar os alunos em novos caminhos da Matemática. Este programa pode ser acessível por inscrição / seleção mas os medalhados nas Olimpíadas (modalidades A e B) são logo convidados a participar. A Inês para já não treina a não ser na escola mas encara a participação em outros projetos.

     A Inês e o Dinis consideram também que o uso das calculadoras, necessárias a certas operações, não pode servir de desculpa para as incapacidades dos alunos. Aliás nas aulas elas são só requeridas para certas operações. O cálculo mental é treinado desde cedo no 1º Ciclo e deve continuar a sê-lo, havendo já técnicas que os professores vão ensinando para formas de calcular muito simples, por exemplo na soma das importâncias das compras num supermercado.

     Finalmente perguntámos aos nossos alunos se há um certo “feitio” ou “temperamento” próprio de alunos apaixonados pela Matemática, por exemplo o ser “tímido” ou “reservado”, mas ambos estiveram de acordo que nestas competições se encontra de tudo. Estando ali representado todo o país, verifica-se que qualquer tipo de pessoa pode desenvolver as suas capacidades. A Inês e o Dinis são otimistas e “querem sempre mais” para atingir os seus objetivos.

     O Blogue LER É SABER deseja os maiores êxitos à Inês e ao Dinis.

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