sexta-feira, 4 de maio de 2018

Lendas reescritas 10



O poder desconhecido

 

Vivia em Lisboa há uns bons anos, uma rapariga que o povo via sempre sozinha a cozer mantas de uma forma um pouco estranha. Sabiam apenas que ela tinha origem estrangeira, do sul da Europa.

Tinha uma beleza peculiar, parecia concentrar em si todas as características dos povos que passaram pela península Ibérica. Um cabelo negro reluzente, uma pele fina e branca tão brilhante que com os raios de sol a incidir parecia ter a cor de uma pepita de ouro. Os olhos eram claros e expressavam uma doçura cativante, ninguém ficava indiferente ao seu passar sereno.

Era batizada e, naturalmente era cristã, vivia sempre em paz com os outros. Era uma rapariga que adorava conviver com toda a gente, nas feiras de Lisboa montava uma barraquinha de presépios para vender e assim conseguir o necessário para o seu sustento.

Umas pessoas diziam que era rica, outros diziam que era pobre, mas nenhuma das opiniões estava concretamente correta. O que parece ser verdade é que lhe bastava muito pouco para ser verdadeiramente feliz.

Algumas pessoas da cidade andavam de olho nela, sempre na esperança de conseguirem descobrir mais alguma coisa sobre a sua vida.

Uma das poucas coisas que sabiam, é que ela tinha um poder estranho, do qual nunca ninguém tinha ouvido falar. Bastava o estalar de dedos e pensar num lugar, que a rapariga ia logo lá parar!

Em qualquer parte da cidade de Lisboa onde a rapariga aparecesse, logo ali nascia um novo bairro, e dizia-se que por onde ela passava espalhava fortuna e amor para quem ali permanecesse.

 

(Esta lenda foi baseada na: “A Fonte de Marrocos” )

 
Leonor Manuel, 6º A

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