domingo, 23 de julho de 2017

A partir da lenda “Basília”.


O Inferno da Serpente
Uma gruta suspensa, com uma luz lá ao longe, é conhecida como o “Inferno da Serpente”. Através da entrada ouvem-se apenas ruídos. Conta-se que aqui está encerrada uma serpente em forma humana, com todas as suas riquezas.
Certo dia, um rei muito convencido, vindo da Arábia, deslocou-se a Lisboa e foi a um Centro de Turismo.
Registou todos os locais a visitar, mas não prestou atenção quando lhe disseram que devia evitar o “Inferno da Serpente”.
Agarrou num mapa e seguiu todas as indicações precisamente até à gruta. Quando chegou, deitou-se e chamou a serpente, mas só à terceira vez a gruta se abriu.
 De repente, ouviu perguntar: “O que queres?”. “Apenas vim fazer uma visita”, respondeu prontamente.
Quando a serpente se virou, o rei tirou uma moeda do mais puro ouro, mas ouviu um grito. A serpente furiosa, bramou: “Mentiroso! És um ladrão e, por isso, vais sofrer as consequências”.
Nesse instante, a moeda, lentamente, começou a escurecer e a ficar em pedra, tal como o rei.
As portas da gruta fecharam-se para sempre e ele ficou preso naquele “Inferno da Serpente”.
Leonor Maciel - 6º C




É conhecido como Fraga da Moura um rochedo enorme, rugoso e liso, que forma uma espécie de varanda, com chão escabroso e um buraco superficial. Segundo consta, ao escavar o buraco encontrar-se-á a varinha mágica de uma Moura. Uma Moura especial que viveu cerca de 124 anos, há 800 anos atrás, um milagre naquela altura.
Certo dia, o historiador Joseph Needham foi a procura desse tesouro. Foi até à Guarda e bateu à porta de uma senhora chamada Julieta. Apresentou-se:
- Muito bom dia! Sou o historiador…
- Nem precisa de dizer, eu conheço bem o senhor, vejo muitas das entrevistas que dá à televisão. Mas em que posso ajudar? De certeza que veio a procura de uma nova aventura.
- Muito obrigado pelos elogios. E sim, venho a procura de uma coisa…
Triiimm! - toca o telefone da senhora Julieta.
- Peço desculpa, deve ser a minha sobrinha, a Maria. É que a irmã dela está doente. – Explicou, pegando no telefone
- Está lá? Bom dia, tia! Queria convidá-la para almoçar cá em casa, hoje. – disse a Maria, do outro lado da linha.
- Desculpa, mas não posso. Tenho uma visita, fica para a próxima, mas obrigada pelo convite. Ligo daqui a pouco – respondeu sumariamente, desligando o telefone.
- Esteja à vontade. O que deseja tomar: um chá, um café? – convidou a senhora Julieta.
- Muito obrigado. Pode ser um café, mas, por favor, sem açúcar!
Sentaram-se os dois ao pé da lareira e o senhor Joseph disse:
- Conhece a lenda da Fraga da Moura?
- Claro que conheço. É uma lenda muito antiga, mas com um fundo de verdade!
- Ótimo. Sabe-me dizer onde fica aquela casa com um rochedo enorme que forma uma espécie de varanda…
- Sei sim! É só preciso subir aquela montanha ali. – Indicou, apontando na direção da Serra da Estrela.
- Muito obrigado. Agora tenho de ir. Adeus e muito obrigado. – Despediu-se, apressadamente.
- Adeus, senhor Joseph, volte sempre.
O historiador dirigiu-se ao jipe, em passo acelerado, e partiu em direção à montanha.
De repente, o carro ficou sem gasóleo. Começou então a escurecer e Joseph decidiu fazer uma cabana como a dos nómadas, com gestas e paus de árvores. Aí passou a noite e de manhãzinha seguiu para local que procurava.
Caminhou e caminhou até que encontrou uma casa. Chamou, ninguém respondeu. Decidiu entrar.
A casa era antiga, muito bem iluminada devido às grandes janelas por onde o sol espreitava. Reparou num quarto muito bonito que lhe pareceu ser próprio de um palacete da nobreza antiga. Próximo, encontravam-se umas escadas para uma cave. Acendeu uma vela e começou a descer. Imediatamente avistou um rochedo enorme, que formava uma espécie de varanda, com a inscrição: “o tesouro que procuras está aqui. Para o encontrares tens de responder a seguinte questão: há quantos anos existe esta casa?”
O Joseph pensou… até que respondeu 800 anos. A resposta estava certa. Uma parte do rochedo começou a abrir-se lenta e ruidosamente. Mas que desilusão! Estava vazio! Decidiu subir para o topo da enorme rocha, onde encontrou um buraco superficial. Junto encontrou outra inscrição com uma pergunta: “O que achas que está no interior deste buraco?”. A pergunta era fácil. Respondeu, sem hesitação, a Varinha da Moura. A resposta estava certa.
Ao mesmo tempo que o orifício se abria uma grande lança surgiu de um armário e quase lhe acertava. Ele, assustado, pega na varinha e desata a correr pelas escadas. A porta começava a fechar-se e ele corre perigo. Com alguma sorte, conseguiu passar no último instante. Foi até ao carro e com a varinha mágica repôs o gasóleo.
Passados uns dias, convidou a Julieta para o acompanhar ao instituto onde iria receber uma medalha por ter encontrado a varinha mais antiga do século.
Joseph voltou para Lisboa onde foi recebido com muito entusiasmo. Continuou a interessar-se por lendas e factos históricos e a procurar objetos inigualáveis.
Luana Fonseca - 6º B

Sem comentários:

Enviar um comentário