Chegámos ao fim da primeira fase da atividade "Andanças de Livros". O Clube de Escrita Criativa tratou os Sacos CONTINENTE de forma criativa e cheia de imaginação. Há três grupos de meninos a frequentar o clube. Em cada grupo escolhemos um 1º ludar! Os textos estão a ser publicados neste blog semanalmente. Hoje vamos conhecer os premiados e os deus textos:
Prémio Continente - Mariana Aguiar do 6º B; Inês Ribeiro 5º A; Bárbara da Silva 5ºE
Era uma vez um senhor chamado Continentius.
Ele era muito gordo, riquíssimo e legumes era coisa que detestava. Ele só comia
doces, fritos e salgados e não praticava exercício algum.
Sendo um homem de negócios, era natural que precisasse de viajar, mas
não. Com as novas tecnologias tratava de tudo através do e-mail ou das
videochamadas.
Ora, como ele só comia comida sintética e praticamente não se mexia, ganhou
muita coisa. Mas não foram coisas boas, foram coisas más, pois apanhou obsigordúria, caritite, diabétia e
cardiolorio.
Com tanta doença em cima o pobre coitado precisava de uma consulta com
urgência. Mas que pouca sorte a dele, não passava na porta! E por mais que os
criados se esforçassem, pois como ele não se mexia precisava de criados que lhe
fizessem as coisas, não conseguiam fazer com que ele passasse.
- Com mais força, com mais força! - dizia ele vermelho que nem um
pimento, tal era a pressão a que estava a ser submetido.
- Oh criados, mas que difícil missão, o vosso patrão vos confiou.
Não resolvida a situação do nosso amigo Continentius, chamou-se o 112
para ajudar.
Mas estes, pouco podiam fazer. Para o tirar de casa tiveram de cortar à
volta da porta, empurrar o senhor Continentius para dentro do seu quarto, tirar
os vidros da janela e utilizar um guindaste para o tirar de lá.
De seguida, por mais estranho que pareça, o nosso amigo não foi levado
para um hospital, mas sim diretamente para um campo, sem observação atenta de
um médico ou especialista.
Aí foi deixado à guarda de um agricultor e ali ficaria a trabalhar.
- Mas que mal fiz eu para não ter sequer direito a um médico? -
queixou-se Continentius desanimado com a sua sorte.
- O teu médico agora sou eu! - disse o agricultor- Vá Continente…
- Mas eu não sou Continente- interrompeu Continentius- sou…
-A partir de agora passas a chamar-te o que eu quiser. - berrafustou o
agricultor – Agora vai lá ceifar o trigo.
E lá teve de ir o pobre Continentius ceifar o trigo.
Passaram-se dias, semanas, meses, um ano inteiro a levantar-se às cinco
da manhã, tomar o pequeno-almoço para às seis abrir o estábulo e a capoeira
para alimentar os animais e levá-los para o exterior a pastar. Das sete às onze
ia para a horta até que o almoço estivesse pronto ao meio dia. E já não eram as
mesmas refeições que comia na sua antiga casa, agora só comia alimentos
saudáveis.
E graças a tudo isto e muito mais, Continentius melhorou muito: ficou mais
magro deixou ter obsigordúria e caritite, em vez de ter diabétia passou a ter
só diabetes tal como em vez de ter cardiolorio passou a ter só alguns problemas
de coração não muito graves.
Mas nada teria sido conseguido se não fosse a agricultor ao qual,
Continentius doou metade dos seus bens e contratou como fornecedor principal
para o maior projeto da vida do nosso amigo: abrir uma rede de supermercados
vendedores de produtos saudáveis a preços acessíveis a todos, e na qual colocou
cada um dos seus criados como gerentes de cada uma das plataformas.
E agora vocês perguntam: “-Como se chamam esses supermercados?”
Continente, é claro! Forma como Continentius era chamado pelo
agricultor que o ajudou a perceber a beleza da vida saudável.
Esta rede de supermercados começou por ser pequena mas agora é uma
nação. E com os seus sacos reutilizáveis promovem o exercício físico e uma boa
alimentação.
Vocabulário:(palavras inventadas)
Obsigordúria- Estado de obesidade excessiva.
Caritite-
Estado gravíssimo de uma cárie.
Diabétia-
Estado gravíssimo dos diabetes.
Cardiolorio-
Estado gravíssimo dos problemas de coração.
Berrafustou
–berrou e barafustou ao mesmo tempo.
Mariana
Correia Aguiar Nº18/6ºB - Clube
de escrita criativa
Figurinhas reais Continente
Certo
dia, o Tomás, que gostava muito da área de expressão plástica, foi com a mãe ao
Supermercado Continente.
Lá
comprou muitos alimentos saudáveis, nomeadamente frutas, porque ele adorava ser
saudável, mas por vezes gostava de uma doçura. Na caixa, a mãe do Tomás (a Dona
Fátima) pediu dois sacos grandes e resistentes e o Tomás reparou que eram muito
bonitos.
Quando
regressaram do Continente com muitos produtos baratitos o Tomás pediu à mãe os
sacos do Continente. A princípio a Dª Fátima estranhou, mas depois deixou-o
levar os sacos. O
Tomás levou os sacos para o seu quarto e recortou as imagens de uma melancia e
de um coração de morangos; até que lhes desenhou uma cara perfeita.
De repente … eles ganharam vida, ele assustou -se e escondeu-se por de trás dos cobertores da cama (que esta estava por fazer). Entretanto, o Tomás ganhou coragem, saiu de trás dos cobertores e começou a dialogar com as personagens saídas dos sacos.
De repente … eles ganharam vida, ele assustou -se e escondeu-se por de trás dos cobertores da cama (que esta estava por fazer). Entretanto, o Tomás ganhou coragem, saiu de trás dos cobertores e começou a dialogar com as personagens saídas dos sacos.
Tornaram-se amigos, aliás muito, muito amigos, mas um dia, a mãe do Tomás precisou dos sacos e, para que ninguém suspeitasse de nada, a melancia e o coração de morangos saltaram de novo cada um para seu saco, mas os amigos do Tomás ficaram para sempre no seu coração
Esta história passou de geração em geração, quem sabe se não se repete?
.Bárbara Jacques da Silva – 5º E, Nº 2
A ida Às compras
O dia mais
complicado chegou até mim: o dia das compras!
Sábado é o dia em que
tenho de ir às compras ao Continente.
Determinada,
montei na minha bicicleta alimentar com rodas de laranja e guiador de pimentos.
Chegada ao
Continente, mal a porta se abriu e entrei no corredor do pão, todos os sacos
cheios de pão gritaram, dançando:
– Inês, escolhe-me
a mim!
– Não, a mim!
– Fui feito hoje! Estou
fresco que nem uma alface! Escolhe-me!
Eu agarrei um
qualquer e meti-o no carrinho.
Segui para o talho
e as carnes nem deram pela minha presença!
– Mal-educadas! –
Pensei.
Como não houve a
algazarra que escutara na secção do pão, pedi ao Sr. José que me cortasse um pedaço
de carne que me pareceu apetitosa.
Segui para a
peixaria e, como toda a gente sabe, os peixes são lentos e moles, ou será que
só eu acho isso!?
Quando lá cheguei,
ouvi logo a gritaria habitual.
– Inês,
escolhe-me! – Pedia o Robalo.
– Não!!! Olha lá,
ó Robalo, ela só deve comer coisas saborosas não porcarias como tu! Desculpa lá,
Inês!
- Eu estou pronta
para sair daqui! – Disse a Dourada depois de ter feito aquela “peixeirada” toda
com o colega de banca.
– Porque é que será
tão difícil escolher? – Pensava eu muito triste pela minha indecisão.
Levei uma dourada,
um robalo e mais uns peixes que não sei o nome.
Rapidamente saí
dali, mas não valeu de nada porque logo de seguida tive de ir ao pior corredor
do MUNDO, o corredor dos sabões e dos champôs!
É horrível!!!
Mal entrei nesse
tal corredor, todos começaram a cantar e a dançar mostrando-me os seus cheiros maravilhosos
e…a entornaram-se sobre a minha cabeça.
Sorte a minha que
me tinha esquecido de tirar o capacete depois de andar na minha bicicleta
especial!
Que sorte que eu
tenho! – Regozijei-me.
Lá me consegui desenrascar
no meio daquilo tudo!
Agora sim, estou no
meu corredor preferido: O corredor das frutas e legumes!
Escolho bananas,
morangos, a melancia da marca Love que
é muito saborosa, melão, maçãs, peras, laranjas, tangerinas, couve-flor,
tomates, cenouras, pimentos, pepinos, curgetes e alface.
Uma grande lista,
uma alimentação saudável!
Secção dos
enlatados, aqui vamos nós!
Latas, latas e
mais latas!
Como é que eu vou
encontrar o que quero nesta confusão?!
Procurei o milho
que encontrei facilmente, depois vi que o feijão estava esgotado, e por fim para
encontrar o grão tive de consultar um funcionário.
De seguida fui ao
corredor dos congelados, eu lá comprei lá duas coisas: Delicias-do-mar, e
ervilhas.
Próxima paragem:
caixa para pagar!
O meu carro estava
tão pesado que parecia que em vez de comida tinha chumbo, e, como estava muito
pesado as rodas partiram, e fugiram cada uma para o seu lado!
Tive de tirar três
daqueles mini carrinhos vermelhos e transferir todas as compras do carro para
os carrinhos e quando cheguei à caixa, como não bastasse, ainda tive de
despender mais 50€ pelo carrinho de compras que ficou danificado…
Total
– 600€
Ó meu Deus! Mas
pronto é a vida! O que é que hei de fazer? Pagar, claro!
Por muito
divertido que tivesse sido… Esta ida às compras fica por aqui, e… Não pensem
que isto vai voltar a acontecer! J J J
Inês Ribeiro – N.º8
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