Teve lugar hoje, 25 de maio, na ESAAG, às 16 horas, uma sessão organizada pela Biblioteca Escolar dedicada ao recente livro de Joaquim Igreja, Contos da Flor e do Fruto. Apresentaram a obra José Manuel Monteiro e António José Dias de Almeida.
José Manuel Monteiro frisou a variedade de géneros de contos aqui mostrados numa espécie de jogo de experiências para o autor e as temáticas ligadas aos espaços escolares e às raízes de Joaquim Igreja, ao mesmo tempo que frisava que descobria em muitos contos o questionar da “condição humana” na relação dos protagonistas com os outros.
António José Dias de Almeida salientou também a familiaridade do autor com as temáticas escolares e o conhecimento do meio da aldeia, espaço de muitas destas histórias, e frisou ainda a capacidade linguística e literária do autor conseguida nos muitos anos de escrita de crónicas, género aparentado ao dos contos. Salientou ainda a dificuldade do género conto, que tem de reunir capacidade de síntese na análise de personagens mas também capacidade de tocar o leitor com a interpelação, a comoção ou a inquietação.
Finalmente o autor,
Joaquim Igreja, agradecendo a presença dos seus próximos na escola, frisou o carácter
verdadeiramente ficcional desta narrativa, sem semelhança a qualquer livro de memórias,
embora reconheça que as suas experiências de vida estão também um pouco aqui
diluídas. Para ele o “outro” está sempre em questionamento nestas histórias que
põem os heróis a interrogar-se sobre o seu passado e o seu futuro, as relações
com os seus próximos no trabalho ou nas relações afetivas, ou o jogo da
fantasia e da memória em cada vida.
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