O Oceano Potter
Viveu em Lisboa, nos recuados tempos da
sua fundação, um homem que o povo via, por vezes, a trabalhar, trajando de uma
forma um pouco comum e de um corte extraordinário. Sabiam que ele era de origem
estrangeira, do sul de Potterlândia, mais propriamente da terra da magia,
porventura até da cidade de Howgorts.
Era batizado mas, não era cristão, alguns
cidadãos dizem ter ouvido um rumor sobre ele ser Grifindor ou algo do género
mesmo sendo diferente todos se davam bem com ele e ele com todos.
Uns diziam que era rico, outros remediado
e ainda outros que vivia pobremente, mas nenhuma das opiniões era baseada em certezas, pois não sabiam nada
dele. Potter «o Grifindor» desaparecia para entrar no seu mundo, o oceano
Potter.
Alguns dos cristãos seguiram-no, na
esperança de descobrirem alguma coisa mais acerca da forma como ele vivia ou
sobrevivia.
No entanto, chegados ao oceano, ele
desparecia em nuvens de fumo nevoeiro, como se um estranho encantamento o
levasse para algures sem deixar suspeitas sobre o lugar para onde ia.
«Parece que o levou o Diabo», diziam.
Jamais foi descoberto o sítio por onde
entrava, mas desconfiava-se que a entrada se encontrava no oceano, talvez por
isso se chamada posteriormente Oceano Potter, que ainda hoje se encontra para
quem o queira ver e, quiçá, guardar pela chegada do Grifindor, se é que a fama
da sua intemporalidade o pode permitir.
O que se sabe é que o dito oceano é do
tempo das primeiras habitações de Lisboa, antiguidade que correu pelos séculos
com a mesma persistência da lenda que o envolve.
Ivana Nunes Miguel6.º A, n.º 9
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