A pedra preciosa
Há muitos anos, ainda Portugal não era um reino, deu-se em terras que hoje
são do concelho da Guarda uma grande batalha entre os cristãos, comandados pelo
rei das Astúrias, e os mouros. Entre os soldados cristãos encontrava-se um
valente cavaleiro, corajoso e sempre pronto a entrar no mais renhido da luta,
mas que era um mouro infiltrado. No final da batalha o rei quis saber quem era
aquele soldado de rosto sempre tapado que combatia daquela maneira, e fez a
pergunta a Menendo Peres, um dos fidalgos que o acompanhavam.
Porém, Menendo Peres nunca tinha visto aquele cavaleiro e não soube
o que responder ao seu rei e senhor. Então o rei, com muita curiosidade,
decidiu ele próprio descobrir quem era.
Um dia, quando toda a gente dormira, o rei ouviu um barulho que vinha da
sala do tesouro. Como não queria fazer muito barulho para não o afugentar, foi
sozinho e quando lá chegou, viu que era um dos seus soldados e com uma seta
prendeu-o contra a parede.
Quando lhe tirou o capacete descobriu que era um mouro, mas ficou admirado
por ele ter na mão a pedra preciosa que os mouros lhe tinham tirado num dos
combates. Ficou intrigado e questionou o intruso sobre a pedra.
O mouro com um bocado de medo disse ao rei:
– Majestade, ouça-me, por favor! Eu só estava a pôr esta pérola no seu
lugar. Mas… não diga aos outros mouros – pediu.
E o rei, feliz com aquele gesto, deixou-o continuar no seu exército e
jurou-lhe não o denunciar aos outros mouros.
Nome: Beatriz Fernandes Nº2
6ºA
Baseado no texto: A Guardiã
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