Como são as minhas mãos?
Às vezes pergunto-me:
Como são as minhas mãos?
As minhas mãos? Tão bonitas que elas são!
Macias, lisas…
Estão sempre prontas para os outros ajudar, fazem-me
escrever, desenhar, pintar, tantas coisas!
Não, não são grandes, pois eu ainda sou pequeno. Mas quando
o for, aí sim, já serão.
No piano, são… depende! Em músicas mexidas estão-se sempre agitadas,
mas já em músicas suaves, quase nem se movem de tão devagarinho tocarem.
Quando eu for grande servirão para trabalhar, mas enquanto
pequeno, servirão apenas para estudar e brincar.
Se eu as comesse, elas voltavam a crescer. Por isso, quando
tivesse fome, pegava em ketchup, deitava-o em cima das minhas mãos e comia-as…
– Mmm…Que bom! – Dizia eu.
Já estou a imaginar…
Depois, quando queria agarrar os objetos que não estavam ao
meu alcance, o esparguete esticava e eu apanhava tudo!
O que é pena é que, provavelmente, as coisas escorregar-me-iam
da mão e eu não ficaria com elas.
Oh! Mas não importa, as coisas divertidas alegravam-me e eu
não pensava nas coisas más.
Também não podia fazer o pino na Educação Física, pois
escorregava e partia uma perna ou um braço.
Nem podia ser guarda-redes, ai, ai! Tantas coisas que
aconteceriam!
Mas também não poderia ir à escola! Que desilusão! Pois os
lápis e todo o material escolar escorregar-me-iam das mãos.
As mãos de esparguete têm muitas vantagens em relação às
outras mãos.
Simão
Relvas – Nº28 – 5ºA
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