Uma aventura dentro
dum livro
Há dias comecei a ler um dos livros da Porto Editora que me ofereceram no
Natal.
Diziam que era um livro mágico, mas eu pensava que era mágico pela sua
história! Que a história era tão bonita que era mágica! Mas estava muito enganada…
Estava um dia de chuva e muito frio e eu decidi começar a ler o meu livro
sentada no sofá à frente da lareira.
Antes de o começar a ler, observei a capa com atenção: Era realmente um
livro da Porto Editora!
Quando o abri, como por magia, o livro “sugou-me” lá para dentro!
Fui parar a um sítio lindo! Um sítio cheio de letras, páginas, sílabas e
frases.
Comecei a andar e conheci o nome próprio “Inês”, que era o meu nome!
Ele acompanhou-me até chegar ao reino das folhas, porque a única maneira
de sair dali era conseguindo ler as 286 folhas, as letras e silabas todas, os
sinais de pontuação e ordenar aquilo tudo para voltar a ser um livro como deve
ser!
Bati à porta do castelo das folhas e fui recebida pelo prenome pessoal
“eu”, que devia ser o porteiro.
Ele foi falar com o rei e ele disse que podia entrar.
Dirigi-me à sala do trono para falar com ele. Sua Majestade explicou-me
porque é que quando abri o livro me puxaram lá para dentro: Estavam todos juntos
prontos para serem lidos, mas quando saíram da estante onde estavam arrumados
na loja, todos se desorganizaram e já não sabiam quais eram os seus lugares,
por isso começaram a lutar pelos lugares e formaram reinos. E agora estão em
luta, as palavras e as sílabas não se querem juntar porque assim vão formar
frases e elas não querem frases mas sim letras e sílabas. As letras também não
se querem pôr em cima das folhas, e o seu reino está completamente branco! As
folhas não tinham aquele seu brilho preto das palavras, mas apenas branco, só o
branco da solidão. E as ilustrações também não queriam enfeitar as folhas.
Era uma história muito triste, e eu ia acabar com a tristeza e
transformar inimigos em amigos, e amigos num livro.
Contei isso ou rei que rapidamente me deu as 286 folhas e deu-me também
um cavalo feito de folhas e um grande exército.
Seguimos caminho e fomos diretos para o reino das palavras. Falei com o
rei que contou a mesma história só que eram as folhas que não queriam lá
ninguém colado.
Então eu disse que estavam ali as folhas para eles se colarem. O rei fez
uma cara de aborrecido e chamou toda a gente lá para fora e para se colarem.
Tentei ordenar tudo. Peguei num lápis e fiz quadrados em todas as folhas, e
comecei a dar coordenadas.
- Preciso de um A para a fila B2! Um M para a fila C2! Um I para a fila
D2! Um G para a fila E2! E por fim um O para a fila F2!- e assim adiante.
Conseguimos organizar tudo! Apaguei os riscos dos quadrados e fomos para
o reino das ilustrações.
Aí foi fácil! Elas colaram-se logo! Ordenei as folhas e como por magia,
quando saí de lá o livro estava inteirinho.
Acho que vou demorar um pouco de mais tempo para o ler porque assim
esqueço-me das palavras que organizei e a história é de novo uma surpresa.
Inês Ribeiro – 5.º A, N.º 8
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