sábado, 11 de fevereiro de 2017

Andanças com Livros - 15º Texto Porto Editora


Uma aventura dentro dum livro

Há dias comecei a ler um dos livros da Porto Editora que me ofereceram no Natal.

Diziam que era um livro mágico, mas eu pensava que era mágico pela sua história! Que a história era tão bonita que era mágica! Mas estava muito enganada…

Estava um dia de chuva e muito frio e eu decidi começar a ler o meu livro sentada no sofá à frente da lareira.

Antes de o começar a ler, observei a capa com atenção: Era realmente um livro da Porto Editora!

Quando o abri, como por magia, o livro “sugou-me” lá para dentro!

Fui parar a um sítio lindo! Um sítio cheio de letras, páginas, sílabas e frases.

Comecei a andar e conheci o nome próprio “Inês”, que era o meu nome!

Ele acompanhou-me até chegar ao reino das folhas, porque a única maneira de sair dali era conseguindo ler as 286 folhas, as letras e silabas todas, os sinais de pontuação e ordenar aquilo tudo para voltar a ser um livro como deve ser!

Bati à porta do castelo das folhas e fui recebida pelo prenome pessoal “eu”, que devia ser o porteiro.

Ele foi falar com o rei e ele disse que podia entrar.

Dirigi-me à sala do trono para falar com ele. Sua Majestade explicou-me porque é que quando abri o livro me puxaram lá para dentro: Estavam todos juntos prontos para serem lidos, mas quando saíram da estante onde estavam arrumados na loja, todos se desorganizaram e já não sabiam quais eram os seus lugares, por isso começaram a lutar pelos lugares e formaram reinos. E agora estão em luta, as palavras e as sílabas não se querem juntar porque assim vão formar frases e elas não querem frases mas sim letras e sílabas. As letras também não se querem pôr em cima das folhas, e o seu reino está completamente branco! As folhas não tinham aquele seu brilho preto das palavras, mas apenas branco, só o branco da solidão. E as ilustrações também não queriam enfeitar as folhas.

Era uma história muito triste, e eu ia acabar com a tristeza e transformar inimigos em amigos, e amigos num livro.

Contei isso ou rei que rapidamente me deu as 286 folhas e deu-me também um cavalo feito de folhas e um grande exército.

Seguimos caminho e fomos diretos para o reino das palavras. Falei com o rei que contou a mesma história só que eram as folhas que não queriam lá ninguém colado.

Então eu disse que estavam ali as folhas para eles se colarem. O rei fez uma cara de aborrecido e chamou toda a gente lá para fora e para se colarem. Tentei ordenar tudo. Peguei num lápis e fiz quadrados em todas as folhas, e comecei a dar coordenadas.

- Preciso de um A para a fila B2! Um M para a fila C2! Um I para a fila D2! Um G para a fila E2! E por fim um O para a fila F2!- e assim adiante.

Conseguimos organizar tudo! Apaguei os riscos dos quadrados e fomos para o reino das ilustrações.

Aí foi fácil! Elas colaram-se logo! Ordenei as folhas e como por magia, quando saí de lá o livro estava inteirinho.

Acho que vou demorar um pouco de mais tempo para o ler porque assim esqueço-me das palavras que organizei e a história é de novo uma surpresa.

 

Inês Ribeiro – 5.º A, N.º 8

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