O mundo
mágico do saber
Num límpido dia de céu azul cor de água, pairava um
grande e brilhante sol. Numa das salas da biblioteca da cidade, encontrava-se
um menino com olhar penetrante. Este rapaz chamava-se David e olhava
estupefacto para uma estante com uma revoada de livros. Todos esses livros
tinham uma coisa em comum, eram todos patrocinados pela Porto Editora. Em todos
eles destacava-se uma frase, “Abre a tua mente
para o futuro”. Quando o David leu esta frase abriu-se magicamente um
dicionário e criou-se logo de seguida um portal mágico. Este
fenómeno tinha as cores do arco-íris. O rapaz de estatura baixa, e olhos verdes
foi sugado de imediato pelo vórtice.
Do outro lado do vórtice havia outro mundo. Um mundo de
livros, em vez de pessoas os habitantes eram letras. O rapaz estava tão
boquiaberto que nem se conseguia levantar.
De repente apareceram três acentos: o acento grave, o
acento agudo e o acento circunflexo. O David apresentava um tom pálido e um ar
confuso. Perguntou aos acentos que mundo era aquele. Eles responderam-lhe que
era o mundo mágico da Porto Editora. Para o David ficar a conhecer melhor
aquele mundo os acentos fizeram-lhe uma visita guiada e explicaram-lhe que
aquele mundo tinha sido criado por um mágico que não sabia ler, e criou letras,
letras e mais letras. O David nem sabia o que dizer, tal era o seu espanto, mas
demonstrou interesse em conhecer o mago. O acento circunflexo levantou o
sobreolho e concordou em levá-lo até ele.
O mágico encontrava-se sentado numa
cadeira árabe. Apresentava uma estatura média, olhos azuis e uma longa barba
cinzenta. Usava vestes azuis e para contrastar estrelas amarelas. O David
embora entusiasmado também permanecia confuso, pois, não percebia porque é que
o mago apresentava um ar tão carrancudo e sombrio. Então perguntou-lhe o porquê
desse estado de espirito. O mágico confessou-lhe que nunca tinha conseguido
abrir a mente relaxar um pouco, pois estava sempre preocupado em aprender a ler.
O rapaz teve pena dele. Então pediu ao acento circunflexo para os levar ao
sítio mais bonito do mundo das letras. Após uma viagem de altos e baixos, e
baixos e altos finalmente chegaram. Por trás de uma revoada de lápis apareceu
uma deslumbrante cascata de livros. O mago ao vislumbrar tamanha beleza,
deitou-se no relvado e pela primeira vez consegui descontrair.
Bem de rompante abriu-se outra vez o
vórtice que outrora se tinha aberto na biblioteca, sugou o David e devolveu-o
ao sítio inicial. Ele caiu no tapete de couro bege e observou bem no cimo da
prateleira um dicionário onde se encontrava o seu amigo o mágico com um sorriso
arrebatador de orelha a orelha a acenar-lhe. Então a David sentiu que sua
missão estava terminada.
Fábio André dos Santos
Alves, nº5, 5ºF
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