terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Andanças com Livros - 11º Texto Porto Editora


            O mundo mágico do saber


Num límpido dia de céu azul cor de água, pairava um grande e brilhante sol. Numa das salas da biblioteca da cidade, encontrava-se um menino com olhar penetrante. Este rapaz chamava-se David e olhava estupefacto para uma estante com uma revoada de livros. Todos esses livros tinham uma coisa em comum, eram todos patrocinados pela Porto Editora. Em todos eles destacava-se uma frase, “Abre a tua mente para o futuro”. Quando o David leu esta frase abriu-se magicamente um dicionário e criou-se logo de seguida um portal mágico. Este fenómeno tinha as cores do arco-íris. O rapaz de estatura baixa, e olhos verdes foi sugado de imediato pelo vórtice.

Do outro lado do vórtice havia outro mundo. Um mundo de livros, em vez de pessoas os habitantes eram letras. O rapaz estava tão boquiaberto que nem se conseguia levantar.

De repente apareceram três acentos: o acento grave, o acento agudo e o acento circunflexo. O David apresentava um tom pálido e um ar confuso. Perguntou aos acentos que mundo era aquele. Eles responderam-lhe que era o mundo mágico da Porto Editora. Para o David ficar a conhecer melhor aquele mundo os acentos fizeram-lhe uma visita guiada e explicaram-lhe que aquele mundo tinha sido criado por um mágico que não sabia ler, e criou letras, letras e mais letras. O David nem sabia o que dizer, tal era o seu espanto, mas demonstrou interesse em conhecer o mago. O acento circunflexo levantou o sobreolho e concordou em levá-lo até ele.

O mágico encontrava-se sentado numa cadeira árabe. Apresentava uma estatura média, olhos azuis e uma longa barba cinzenta. Usava vestes azuis e para contrastar estrelas amarelas. O David embora entusiasmado também permanecia confuso, pois, não percebia porque é que o mago apresentava um ar tão carrancudo e sombrio. Então perguntou-lhe o porquê desse estado de espirito. O mágico confessou-lhe que nunca tinha conseguido abrir a mente relaxar um pouco, pois estava sempre preocupado em aprender a ler. O rapaz teve pena dele. Então pediu ao acento circunflexo para os levar ao sítio mais bonito do mundo das letras. Após uma viagem de altos e baixos, e baixos e altos finalmente chegaram. Por trás de uma revoada de lápis apareceu uma deslumbrante cascata de livros. O mago ao vislumbrar tamanha beleza, deitou-se no relvado e pela primeira vez consegui descontrair.

Bem de rompante abriu-se outra vez o vórtice que outrora se tinha aberto na biblioteca, sugou o David e devolveu-o ao sítio inicial. Ele caiu no tapete de couro bege e observou bem no cimo da prateleira um dicionário onde se encontrava o seu amigo o mágico com um sorriso arrebatador de orelha a orelha a acenar-lhe. Então a David sentiu que sua missão estava terminada.

 
Fábio André dos Santos Alves, nº5, 5ºF

Sem comentários:

Enviar um comentário