terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Andanças com Livros - 4º Texto Porto Editora


Os Sítios Sem Resposta


Era uma vez, uma menina chamada Inês.

A Inês tinha muita imaginação, era muito esperta e bonita, mas tinha um problema. Ela era uma menina que só tinha perguntas e mais perguntas dentro da sua cabeça, por isso, andava todas as horas, durante todo o dia a tentar ter respostas para tantas perguntas.

Foi então que se lembrou de ir à Porto Editora que, como toda a gente sabe é a casa de muitos livros, onde havia de haver algum que lhe desse a resposta a todas as perguntas.

Foi lá que conheceu a D. Gertrudes, uma senhora já com muita idade e também com muito conhecimento, e a Inês pensou que ela era a pessoa certa para a poder ajudar e diz:

– Olá, eu sou a Inês. Será que me pode ajudar? É que eu tenho muitas perguntas dentro da minha cabeça e pensei que este era o sítio ideal para alguém me poder ajudar.

– Oh minha menina! – Exclamou a senhora Gertrudes – eu não posso, mas consigo levar-te a um local onde existe um objeto que penso te poderá ajudar. – Acrescentou a senhora com uma voz doce.

A Inês ficou toda entusiasmada e pensou “será que é agora que vou finalmente encontrar as respostas certas para as minhas perguntas?”

– Podes só dizer-me que género de dúvidas é que tu tens para pensar que na Porto Editora podem ser esclarecidas? – Questionou a D. Gertrudes.

– Oh, isso é tão difícil de explicar! Disse Inês um pouco desanimada. É que são tantas e tão diferentes!

A D. Gertrudes riu-se, pegou na mão da Inês e disse baixinho:

– Vem comigo.

E a Inês lá foi! Juntas e de mãos dadas, percorreram todos os corredores da Porto Editora, que por serem tantos, mais parecia um labirinto. Até que finalmente chegaram a um sítio escondido e com muito pouca luz.

A D. Gertrudes ajoelhou-se e a Inês imitou-a. Entretanto, carregou num taco de madeira do chão que se levantou, depois retirou outro e mais outro até que que conseguiu ver uma espécie de esconderijo. De dentro dele tirou um livro cheio de pó e ainda mais velho que a D. Gertrudes. Ela deu-lho para a mão e disse-lhe baixinho ao ouvido:

– Tens aqui o que te pode ajudar, mas… cuidado.

Deu-lhe um beijo quente na testa e desapareceu.

A Inês por momentos ficou com um bocadinho de medo, mas a sua curiosidade era maior. Deu um sopro no livro para lhe tirar o pó o que a fez espirrar, “Atchiiiim!!” Abriu o livro com muito cuidado, e como havia pouca luz chegou-se tão perto para o começar a ler que, não sabe como aconteceu, caiu para dentro do livro.

Ficou confusa, pois tudo era estranho até que olhou para a sua volta e viu um monte de pontos de pontos de interrogação a correr atrás de si.

A Inês correu assustada, até que tropeçou e caiu. De repente começou a ouvir alguém chamá-la:

– Inês, Inês! já são horas de ir para a escola. Levanta-te filha!

– Mãe? Escola?

– Sim, Inês, sou a tua mãe e sim, tens de ir para a escola.

– AH! Afinal estava a sonhar! – Exclamou ela um pouco desiludida.

– Pois estavas e até estavas a falar enquanto dormias. – Elucidou a mãe.

– Quem é a D. Gertrudes afinal? E estavas a sonhar com o quê? – Continuou a mãe enchendo-a de perguntas.

– Estava a sonhar com os sítios sem resposta – retorquiu a Inês ainda meio a dormir.

Esta é a minha história, criada a partir do livro do escritor Joel Neto, Os Sítios Sem Resposta, publicado pela Porto Editora.

                                              

Mafalda José Freire Batista Monteiro – 5.ºA, N.º 18

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