Os Sítios Sem Resposta
Era uma vez, uma menina chamada Inês.
A Inês tinha muita imaginação, era muito esperta e bonita,
mas tinha um problema. Ela era uma menina que só tinha perguntas e mais
perguntas dentro da sua cabeça, por isso, andava todas as horas, durante todo o
dia a tentar ter respostas para tantas perguntas.
Foi então que se lembrou de ir à Porto Editora que, como toda
a gente sabe é a casa de muitos livros, onde havia de haver algum que lhe desse
a resposta a todas as perguntas.
Foi lá que conheceu a D. Gertrudes, uma senhora já com muita
idade e também com muito conhecimento, e a Inês pensou que ela era a pessoa
certa para a poder ajudar e diz:
– Olá, eu sou a Inês. Será que me pode ajudar? É que eu tenho
muitas perguntas dentro da minha cabeça e pensei que este era o sítio ideal
para alguém me poder ajudar.
– Oh minha menina! – Exclamou a senhora Gertrudes – eu não
posso, mas consigo levar-te a um local onde existe um objeto que penso te
poderá ajudar. – Acrescentou a senhora com uma voz doce.
A Inês ficou toda entusiasmada e pensou “será que é agora que
vou finalmente encontrar as respostas certas para as minhas perguntas?”
– Podes só dizer-me que género de dúvidas é que tu tens para
pensar que na Porto Editora podem ser esclarecidas? – Questionou a D.
Gertrudes.
– Oh, isso é tão difícil de explicar! Disse Inês um pouco
desanimada. É que são tantas e tão diferentes!
A D. Gertrudes riu-se, pegou na mão da Inês e disse baixinho:
– Vem comigo.
E a Inês lá foi! Juntas e de mãos dadas, percorreram todos os
corredores da Porto Editora, que por serem tantos, mais parecia um labirinto.
Até que finalmente chegaram a um sítio escondido e com muito pouca luz.
A D. Gertrudes ajoelhou-se e a Inês imitou-a. Entretanto,
carregou num taco de madeira do chão que se levantou, depois retirou outro e
mais outro até que que conseguiu ver uma espécie de esconderijo. De dentro dele
tirou um livro cheio de pó e ainda mais velho que a D. Gertrudes. Ela deu-lho
para a mão e disse-lhe baixinho ao ouvido:
– Tens aqui o que te pode ajudar, mas… cuidado.
Deu-lhe um beijo quente na testa e desapareceu.
A Inês por momentos ficou com um bocadinho de medo, mas a sua
curiosidade era maior. Deu um sopro no livro para lhe tirar o pó o que a fez espirrar,
“Atchiiiim!!” Abriu o livro com muito cuidado, e como havia pouca luz chegou-se
tão perto para o começar a ler que, não sabe como aconteceu, caiu para dentro
do livro.
Ficou confusa, pois tudo era estranho até que olhou para a
sua volta e viu um monte de pontos de pontos de interrogação a correr atrás de
si.
A Inês correu assustada, até que tropeçou e caiu. De repente
começou a ouvir alguém chamá-la:
– Inês, Inês! já são horas de ir para a escola. Levanta-te filha!
– Mãe? Escola?
– Sim, Inês, sou a tua mãe e sim, tens de ir para a escola.
– AH! Afinal estava a sonhar! – Exclamou ela um pouco
desiludida.
– Pois estavas e até estavas a falar enquanto dormias. – Elucidou
a mãe.
– Quem é a D. Gertrudes afinal? E estavas a sonhar com o quê?
– Continuou a mãe enchendo-a de perguntas.
– Estava a sonhar com os sítios sem resposta – retorquiu a
Inês ainda meio a dormir.
Esta é a minha história, criada a partir do livro do escritor
Joel Neto, Os Sítios Sem Resposta, publicado pela Porto Editora.
Mafalda José Freire Batista Monteiro – 5.ºA, N.º 18
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