O meu livro
Um dia, quando
li um livro da Porto Editora, aconteceu-me
uma coisa mágica: senti borboletas na barriga, comichão na cabeça e formigueiro
nos pés. Era a minha imaginação a levar-me para dentro do livro e entrar
naquela narração.
Foi como se eu
estivesse a participar naquela história, a fazer de espetador e a olhar para as
personagens. Ali mesmo, ao pé delas, apercebi-me que também podia fazer parte
do “problema”. No entanto, fiquei apenas a olhar para elas. Até que senti uma
onda de calor na cara. Primeiro sabia muito bem, era um calor gostoso, mas
depois apercebi-me que não era do ar condicionado nem de outro sistema elétrico
de aquecimento, pois a história ocorria em 1880. Era fogo, fogo a valer, fogo
por todo o lado! Afastei-me um pouco e observei uma ave a sair da casa que
estava a arder. Parecia um papagaio, mas tinha as penas cinzentas.
Passados alguns
minutos, vi chegar uma senhora de idade que tentou subir as escadas daquela
casa à procura de um papagaio. Os seus vizinhos disseram-lhe que ele era só um
animal e que não importava… coisas um bocadinho más para os animais.
De repente mudei de sítio, entrei numa
casa pequena e encontrei aquela senhora idosa deitada numa cama, com os óculos
postos e cara de preocupada. Como gostaria de a ajudar e confortar!
De súbito, ouço um barulho estranho. Parecia
um pedaço de madeira a bater em pedra. Olhei para trás e vi aquele papagaio a
bater à janela com a pata. A mulher levantou-se, foi abrir a janela e começou a
falar com ele como se ele fosse uma pessoa. De seguida, o papagaio fez gestos
para que ela o seguisse. Ela seguiu-o e o destino daquela “viagem” foi a casa
queimada. O papagaio caminhou até à cozinha e começou a bicar os tijolos do
chão, a senhora preocupada com o bico da ave, pois temia que o pudesse partir,
começou a tirá-los. Retirou várias camadas, primeiro de pedras amarelas, depois
de uma coisa pegajosa. E encontrou moedas de ouro!
Afinal
aquela casa era do seu irmão e, ali estava a fortuna que ele lhe deixara em
testamento. Então ela foi para casa com aquele dinheiro todo, na companhia do
seu papagaio.
Aí viveram durante muitos anos, sempre
em grande harmonia.
Eu li o livro “ A Viúva e o Papagaio” da Porto Editora e vivi
uma aventura incrível!
Miguel Coelho – 5.º A
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